Saiba tudo sobre diabetes gestacional e como tratar a doença
O diabetes gestacional ocorre quando a mulher grávida apresenta uma resistência à insulina, que é provocada por hormônios da gestação. Isso costuma acontecer por volta do primeiro trimestre da gravidez.
Quais são as causas do diabetes gestacional?
Essa doença ocorre pelo aumento da concentração de hormônios ligados à gravidez, como o lactoplacentário, que provocam uma resistência do organismo à insulina, o hormônio que ajuda a levar o açúcar (glicose) do sangue para dentro das células, transformando-o em energia. Como a insulina passa a não agir corretamente, a glicose começa a se acumular na corrente sanguínea, dando origem ao diabetes gestacional.
Sintomas do diabetes na gravidez e como descobri-la
A maioria dos casos de diabetes na gravidez é assintomática, ou seja, não há nenhum sinal do corpo que diga claramente que a mulher está com a doença. Dessa forma, só será possível descobri-la medindo a glicemia em jejum.
No entanto, algumas mulheres podem chegar a manifestar alguns sintomas do diabetes gestacional, que incluem aumento da sede, aumento da vontade de urinar, cansaço, visão turva e infecções urinárias frequentes.
É fundamental que a glicose seja medida ao longo do primeiro trimestre e também pelo resto da gestação. Mesmo que o resultado do exame tenha sido normal, ainda assim é preciso monitorar os níveis nas semanas subsequentes.
Quem pode ter diabetes gestacional?
Qualquer mulher pode sofrer com a doença, mas existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver diabetes na gravidez. São eles:
- Gestação em idade mais avançada
- Ganho de peso na gravidez
- Triglicérides altos
- Colesterol alto
- Sobrepeso ou obesidade
- Síndrome dos ovários policísticos
- Histórico familiar de diabetes
- Gravidez de gêmeos
- Diabetes em gestações passadas
Riscos do diabetes gestacional para a mãe e o bebê
Se receber uma grande quantidade de glicose através da placenta, o bebê pode nascer acima do peso, o que aumenta o risco de complicações no parto.
Quando os médicos cortam o cordão umbilical, o fornecimento de açúcar da mãe para o bebê é interrompido. Como o seu pâncreas produziu muita insulina, há o risco de hipoglicemia neonatal, uma queda brusca na quantidade de glicose no sangue do bebê. A doença pode, ainda, provocar o parto prematuro e a icterícia, que é quando a criança fica com a pele amarelada.
E após o parto?
Com o nascimento do bebê, a tendência é que o diabetes desapareça, mas algumas mulheres mantêm essa condição e tornam-se diabéticas após o fim da gravidez. Por isso, é muito importante fazer acompanhamento médico pós-parto.
Tratamento e prevenção do diabetes na gravidez
Sim, é possível prevenir a doença! Para isso, é fundamental que a gestante tenha uma alimentação equilibrada e que faça atividades físicas na medida do possível e sempre com o aval médico.
As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia e é preciso moderar na gordura. Frutas, verduras, legumes e alimentos integrais devem ser presença constante no cardápio. É recomendável evitar o consumo excessivo de doces em geral, refrigerantes, manteiga, leite e iogurte integral, carnes muito gordurosas e bebidas alcoólicas.
Caso os níveis de glicose continuem subindo mesmo com a mudança de hábitos, a gestante pode necessitar tomar injeções de insulina para equilibrar a produção de hormônios e diminuir a sobrecarga do pâncreas. Além disso, medicamentos que ajudem a controlar a glicemia no sangue, como a metformina, podem ser usados, principalmente se o diabetes já era presente antes da gravidez. No entanto, a primeira opção de tratamento sempre será a combinação de alimentação e exercícios.
Fonte: Medical Site
07 de Julho de 2022
